quarta-feira, 16 de março de 2011

Catástrofe: As Vitimas do Descaso

Embora com todos os meios tecnológicos de informação e pesquisas disponíveis, são colocados apadrinhados do governo para ocuparem cargos indicados, sem mesmo saberem como funcionam os equipamentos que possuem.
Exemplos: Santa Catarina; Parana; Paraiba; Espirito Santo; Rio de Janeiro.
Esquecemos da ligação humana com a natureza, e transformamos em meros valores financeiros, quando desmoronou a ilha e comunidade construída encima do aterro sanitário no Rio de Janeiro com autorização do governo, a mídia com todo alvoroço comunicou os prejuízos em milhões de reais, mas os governantes receberam as reservas anunciadas e a sociedade esqueceu,
Veio a catástrofe da região serrana, novamente milhões em prejuízos e quase mil pessoas mortas, qual o principal valor da vida humana? Será que os nossos políticos conhecem esses valores
O processo histórico de urbanização no país levou as comunidades brasileiras a uma situação Insustentável, caracterizada pela Desigualdade e Exclusão Territorial.
A população de baixa renda ou sem renda é gradativamente Excluída das áreas rurais onde conseguem sua sobrevivência e são Empurradas para as periferias das grandes e pequenas cidades de modo a ser submetidas às condições precárias de moradias habitando pontos em áreas muitas vezes sem valor econômico, mas com o tempo os governantes investem valores mínimos formando estrutura precárias para chamar a atenção de investidores inescrupulosos e políticos começam a venderem ilusões.
Morando em encostas de morros sem qual quer segurança, margem de rios, várzeas, áreas de proteção ambiental, enfim em todas as regiões inicialmente ignoradas pela especulação imobiliária, não bastasse o fator social dessa questão, devem-se enfatizar também os enormes prejuízos ambientais e urbanos ocasionados por essa situação uma vez que o alojamento de pessoas nessas áreas são responsáveis por enchentes, desmoronamentos, poluição, além de originar epidemias, violência urbana e outros males.
As mortes por desmoronamento, causadas pela ocupação irregular de encostas, tem crescido a cada ano. Entre 1988 e 2003 morreram 1.303 pessoas por esse motivo, destas 53 foram mortas nos primeiros meses de 2003 qual a resposta de melhoria?
Analistas de situação dos grandes conglomerados, afirmam que no ano de 2010, as chuvas que atingiram o país provocaram a morte de 473 pessoas em 11 Estados e afetaram a vida de 7,8 milhões de pessoas, e no inicio deste ano, a triste noticia que se tornou o palco de grandes tragédias como os horrores passados por milhares de pessoas que acreditaram na incompetência dos administradores apadrinhados que nada conhecem.
Segundo relatos da Defesa Civil de São Paulo, três fatores influenciam a ocorrência dos deslizamentos. O primeiro é o tipo de solo, sua constituição, isto é, se é argiloso (mais resistente) ou arenoso (mais frágil). O segundo é o grau de inclinação da encosta; pois, quanto mais inclinada maior o risco.
Além disso, terrenos muito permeáveis, que facilitam o acúmulo de água, ficam encharcados e contribuem para aumentar o peso sobre as camadas do solo.
O Terceiro fator são os sociais, econômicos e políticos que causam essas tragédias:
a) ocupação desordenada do solo;
b) ausência de investimentos em limpeza de rios, córregos e bueiros;
c) a falta de fiscalização e orientação na hora de construir moradias.
As pessoas tornaram-se sensíveis e atentas que todo o ano o problema se repete.
Pois, com o verão chegam as chuvas e com elas os alagamentos, desmoronamento de barrancos e a exposição de um problema grave: a construção de moradias em áreas de risco.
Eis, algumas soluções.Portanto, complexa, pois envolve vários fatores, tais como: conter o desmatamento nas cabeceiras dos rios, fiscalizar as construções em áreas de encostas perigosas, aumentar o escoamento dos rios evitando jogar lixo e esgoto e controlar as populações que vivem em área de risco, entre outras.
Os sábios dizem que nada é por acaso, que as coincidências indicam pontos comuns entre situações comuns. Portanto, os Responsaveis podem contribuir para evitar conseqüências graves, buscando informações sobre o local da construção, fazendo consultas às PREFEITURAS e a DEFESA CIVIL.
Todos, nas várias visões, têm uma certeza que construção não tem nada a ver com a questão ambiental, mas vale lembrar a natureza impõe limites ao Homem e é cada vez mais importante a conscientização sobre os riscos de se construir nos lugares inadequados.
Que a democratização da produção de novas moradias e do acesso à Moradia legal e à Cidade com todos seus serviços e infra-estrutura exige a superação de dois grandes obstáculos: a terra urbanizada e financiamento, subsídios, Estado e Mercado.
São Paulo, 03 de março de 2011.

José Oliveira Ribas – Gestor do 3º Setor e
Fátima Regina Feitosa – STS - Advogada especialista em Direito Ambiental.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cumprindo os princípios do Capitulo 40 do programa Agenda 21

Cumprindo os princípios do Capitulo 40 do programa Agenda 21
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 89, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2011
(DOU de 03/03/2011 Seção I pág. 67)
Estabelece procedimentos para apreensão e guarda de documentos, livros, materiais, equipamentos e assemelhados por Auditor-Fiscal do Trabalho e aprova modelos de Auto de Apreensão, Termo de Guarda e Termo de Devolução.
A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no exercício da competência prevista no inciso XIII do art. 14 do Anexo I do Decreto nº 5.063, de 3 de maio de 2004, e em face do disposto no inciso VI do art. 11 da Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, e nos incisos VII, XII e XX do art. 18 do Decreto nº 4.552, de 6 de dezembro de 2002, que aprovou o Regulamento da Inspeção do Trabalho, resolve:
Art. 1º Estabelecer os procedimentos para a apreensão, guarda e devolução de materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados de empregadores por Auditor-Fiscal do Trabalho - AFT.
§1º A apreensão tem por finalidade a verificação e constituição de prova material de fraudes, irregularidades e indícios de crime, ou a análise e instrução de processos administrativos, nas hipóteses em que o acesso ou a posse do empregador possa prejudicar a apuração das irregularidades ou o objeto seja indício de crime.
§2º Consideram-se assemelhados e passíveis de apreensão, quaisquer que sejam o seu conteúdo, os objetos físicos, documentos e arquivos constantes de dispositivos móveis de armazenamento de dados, por meios magnéticos ou eletrônicos, mídias, discos rígidos de computadores e seus respectivos gabinetes, substâncias, rótulos, fitas, urnas e outros que, a critério do Auditor-Fiscal do Trabalho, sejam necessários à apuração da irregularidade.
§3º A apuração poderá ser feita por meio do exame da contabilidade da empresa conforme disposto no inciso VI do art. 11 da Lei nº 10.593, de 6 de dezembro de 2002, conjugado com os arts. 190 e 193 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil.
Art. 2º A apreensão pode ser determinada em Ordem de Serviço emitida pela chefia imediata ou por ação imediata do Auditor-Fiscal do Trabalho e deve constar de Auto de Apreensão e Guarda, conforme modelo previsto no Anexo I e de relatório circunstanciado, em que devem ser descritos os motivos da apreensão e outras informações julgadas necessárias.
Art. 3º O Auto de Apreensão e Guarda a ser lavrado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho em cada apreensão, que deve conter, no mínimo:
I - nome ou razão social, endereço e nº do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro de Específico do INSS - CEI do autuado;
II - local, data e hora da apreensão e lavratura do auto;
III - descrição dos objetos apreendidos, com indicação de suas características aparentes;
IV - indicação das irregularidades, motivos ou indícios de irregularidades que ensejaram a apreensão;
V - identificação e assinatura do Auditor-Fiscal do Trabalho autuante;
VI - assinatura e identificação do autuado;
VII - endereço da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, da Gerência Regional do Trabalho e Emprego ou da Agência Regional do Trabalho em que os objetos apreendidos ficarão depositados; e
VIII - informação de que o autuado poderá solicitar, por escrito, cópias dos documentos apreendidos, que serão fornecidos contra recibo.
§1º O Auto de Apreensão e Guarda deve ser emitido em três vias, sendo a primeira via para dar início ao processo administrativo previsto no art. 6º, a segunda via para ser entregue ao autuado e a terceira via para controle do Auditor-Fiscal do Trabalho autuante.
§2º Os documentos apreendidos devem ser visados e datados, exceto os livros oficiais.
§3º O Auditor Fiscal do Trabalho poderá promover o lacre de gavetas, armários e arquivos, bem como de quaisquer volumes que sirvam para a guarda dos objetos, quando não for possível removê-los ou encerrar o levantamento para apreensão naquela visita fiscal.
Art. 4º A primeira via do Auto de Apreensão e Guarda deve ser entregue pelo Auditor-Fiscal do Trabalho à chefia imediata, juntamente com os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados apreendidos.
Art. 5º Cabe à chefia imediata a responsabilidade pela guarda, proteção e conservação dos materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados que lhe forem entregues, devendo ser lavrado, na ocasião do recebimento, o Termo de Recebimento e Guarda previsto no Anexo II desta Portaria.
Parágrafo único. O Termo de Recebimento e Guarda deve ser lavrado em três vias, sendo a primeira para instrução do processo administrativo previsto no art. 6º, a segunda via para o Auditor-Fiscal do Trabalho que lavrou o Auto de Apreensão e Guarda e entregou os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados apreendidos, e a terceira para controle da chefia imediata.
Art. 6º O Auto de Apreensão e Guarda deve ser protocolizado para formação de processo administrativo, em que devem ser juntados o Termo de Recebimento e Guarda e cópia de todas as ocorrências referentes ao procedimento de apreensão, inclusive da ordem de serviço, dos autos de infração e termos lavrados.
Parágrafo único. É facultado ao autuado o recebimento, mediante recibo, de cópia de todo o processo administrativo e dos documentos apreendidos, desde que a solicite por escrito, devendo a solicitação e o recibo ser anexados ao processo.
Art. 7º A ação fiscal será reiniciada pelo Auditor-Fiscal do Trabalho autuante no prazo máximo de trinta dias contados da data de lavratura do Auto de Apreensão, que pode ser prorrogado por mais trinta dias, a critério da chefia imediata.
§1º Quando houver lacre previsto no § 3º do art. 3º, a ação fiscal deve ser reiniciada no prazo máximo de setenta e duas horas a partir da efetivação do lacre, cuja abertura será efetuada pelo Auditor-Fiscal do Trabalho autuante, podendo dela participar o autuado, seu representante legal ou preposto, devidamente identificados e munidos de mandato.
§2º Para reinício da ação fiscal ou exame dos materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados apreendidos, o Auditor-Fiscal do Trabalho deve solicitá-los à chefia imediata, e recebê-los por meio de Termo de Recebimento e Guarda.
Art. 8º O exame dos materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados apreendidos deve ser feito pelo Auditor-Fiscal do Trabalho nas dependências da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, da Gerência Regional do Trabalho e Emprego ou da Agência Regional do Trabalho em que estejam depositados.
§1º Caso entenda necessário para seu exame, o Auditor - Fiscal do Trabalho pode solicitar à chefia imediata diligências, laudos técnicos e periciais, elaborados pelas autoridades competentes, inclusive a degravação de arquivos magnéticos.
§2º Os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados examinados e considerados desnecessários para instrução de processo administrativo ou comunicação às autoridades competentes devem ser devolvidos ao autuado em no máximo setenta e duas horas após o exame.
Art. 9º Após o encerramento da ação fiscal, devem ser tomadas as seguintes providências quanto aos materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados examinados:
I - havendo constatação de indícios de crime cabe à chefia responsável pela sua guarda encaminhá-los às autoridades competentes para as providências que julgarem necessárias, por meio de ofício, cuja cópia deve ser anexada ao processo administrativo; e
II - deve ser providenciada, no prazo máximo de noventa dias da lavratura do Auto de Apreensão e Guarda ou setenta e duas horas após o encerramento da ação fiscal, a devolução ao autuado dos documentos que não foram encaminhados na forma § 2º do art. 8º ou do inciso I deste artigo.
§ 1º Para a devolução prevista no inciso II do caput, o autuado deve ser notificado via postal, com anexação do Aviso de Recebimento - AR ao processo administrativo, para comparecimento na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na Gerência Regional do Trabalho e Emprego ou na Agência Regional do Trabalho em que se encontram os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados apreendidos.
§2º A devolução a que se refere no inciso II do caput deve ser efetuada por meio do Termo de Devolução previsto no Anexo III, a ser assinado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, pela chefia imediata e pelo autuado, seu representante legal ou preposto.
§3º Em caso de não comparecimento do autuado, os materiais, livros, papéis, arquivos, documentos e assemelhados devem lhe ser encaminhados via postal, no prazo de dez dias do recebimento da notificação, com anexação do Aviso de Recebimento ao processo administrativo.
§4º O processo administrativo deve ser arquivado após o encerramento da ação fiscal e dos procedimentos previstos neste artigo.
Art. 10. A constatação de rompimento do lacre pelo autuado ou seu representante, sem autorização escrita do Auditor-Fiscal do Trabalho atuante, deve ser comunicada às autoridades competentes para apuração de crime.
Art. 11. Os empregadores que utilizam sistemas eletrônicos de dados para registro dos fatos relacionados ao cumprimento da legislação trabalhista e fazendária devem manter os respectivos arquivos digitais e sistemas à disposição da fiscalização do trabalho nos prazos previstos na legislação, observada a prescrição trintenária relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.
Art. 12. Revoga-se a Instrução Normativa nº 28, de 27 de fevereiro de 2002.
Art. 13. Esta instrução entra em vigor na data de sua publicação.