domingo, 22 de abril de 2012

RIO MAIS OU MENOS 20 CORRE RISCO E PODE CONFIGURAR RETROCESSO


AFIRMAM EX-MINISTROS REUNIDOS NA FAAP
IMPORTANTE - A NOSSA REDACAO MANTEVE O TEXTO E FORMATACAO ORIGINAL DO DOCUMENTO 
RIO+20 - Ex-ministros e especialistas em Meio Ambiente reuniram-se na quarta-feira (18/4) para apresentar documento que pede ao Governo mais atenção à pauta ambiental na Conferência Rio + 20, que corre o risco de ser diluída e perder seu foco principal. Há elevado risco de que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) seja não apenas irrelevante, mas configure num retrocesso. Essa é a opinião dos signatários do documento ‘Rio Mais ou Menos 20’, que foi apresentado hoje (18/04) à imprensa em evento realizado na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).O documento cobra do Governo Federal postura ambiciosa e visão estratégica na condução dos trabalhos da Rio+20 bem como a adoção de políticas industriais, sociais e de inovação que coloquem o Brasil no caminho de transição para uma economia de baixo carbono.“O Brasil precisa ter uma agenda pró-ativa no sentido de uma governança global para o meio ambiente, com compromissos a cumprir e avaliações honestas do que precisamos avançar. É fundamental que o País lidere pelo exemplo e evite um retrocesso”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.Para o Embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP, dos três pilares de desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental –, o ambiental ‘é a condição de possibilidade dos outros pilares’. “Não é possível ter desenvolvimento sustentável sem resolver a questão do meio ambiente", disse. Simultaneamete, reunidos no Instituto de Engenharia, em Sao Paulo, membros da ABEPPOLAR e da Divisao Tenica de Engenharia Sanitária e de Recursos Hídricos do I.E. manifestaram suas dúvidas a respeito dos resultados práticos do megaevento, acentuando inclusive a desorganizacao reinante nos orgaos oficiais que sequer orientam as organizacoes nao-governamentais independentes e nao alinhadas ao Governo que querem participar do evento. Mais do que isso, mensagens por elas enviadas ao Itamaraty nao tiveram respostas e estranhamente nao se sabe exatamente quem está oferecendo stands na Rio + 2O com ´precos extorsivos do M2, muito acima do que cobram normalmente as empresas que promovem feiras de grande porte. Um video de 45 minutos foi apresentado aos participantes da reuniao-almoco semanal da ABEPPOLAR no I.E. dando conta do elevado número de comissoes e de eventos que serao objeto do encontro de junho, sem explicar todavia quais os responsaveis por cada setor. O certo é que há pontos-em-comum do que foi dito na FAAP e na reuniao-almoco da ABEPPOLAR no I.E. Comentou-se que parece interessar ao Palácio do Planalto e algumas potencias economicas o esvaziamento da Rio + 20 por muitos motivos inclusive o de o evento tornar-se palco de fortes manifestacoes, por parte da sociedade civil contra projetos, entre outros, tipo construcao da hidreletrica Belo Monte, cujos resultados praticos sao contestados por tecnicos e entidades de renome. Mais abaixo, neste mesma página,em MAIS NOTÍCIAS, o internauta pode inteirar-se dos aspectos técnicos negativos da Belo Monte, em trabalho do renomado engenheiro Walter Coronado Antunes que foi apresentado recentemente ao Clube dos 21 Amigos, entidade que congrega altas personalidades do País. Leia a integra das advertèncias e sugestoes. Acesse aqui...
RIO MAIS OU MENOS 20 - Ex-ministros e especialistas em Meio Ambiente se reuniram nesta quarta-feira (18) para apresentar documento que pede ao Governo mais atenção à pauta ambiental na Conferência Rio + 20, que corre o risco de ser diluída e perder seu foco principal. Há um elevado risco de que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) seja não apenas irrelevante, mas configure num retrocesso. Essa é a opinião dos signatários do documento ‘Rio Mais ou Menos 20’, que foi apresentado hoje (18/04) à imprensa em evento realizado na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).O documento cobra do Governo Federal postura ambiciosa e visão estratégica na condução dos trabalhos da Rio +20, bem como a adoçã NOSSSo de políticas industriais, sociais e de inovação que coloquem o Brasil no caminho de transição para uma economia de baixo carbono.“O Brasil precisa ter uma agenda pró-ativa no sentido de uma governança global para o meio ambiente, com compromissos a cumprir e avaliações honestas do que precisamos avançar. É fundamental que o País lidere pelo exemplo e evite um retrocesso”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.Para o Embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP, dos três pilares de desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental –, o ambiental ‘é a condição de possibilidade dos outros pilares’. “Não é possível ter  desenvolvimento sustentável sem resolver a questão do meio ambiente", disse.“O uso predatório dos recursos naturais está subtraindo os insumos necessários para o crescimento econômico”, destacou o ex-ministro José Carlos Carvalho sobre a necessidade de se dar mais atenção à pauta ambiental.Carvalho acrescentou ainda que “é preciso ter metas de ação, nas quais todos nós possamos nos engajar – governo, sociedade e empresas – e não apenas ficar renovando compromissos”.Mudar à pauta da Conferência às vésperas de sua realização é algo difícil, mas é possível mudar a posição do Brasil que deve se portar como País anfitrião, defendem os signatários.
  Abaixo, algumas considerações destacadas no evento
 Riscos - Elevado risco de que a Rio + 20 seja não apenas irrelevante, mas configure num retrocesso Agenda excessivamente abrangente, que resulte na perda de foco.
 Alerta  - Crise econômica serve de aparente justificativa a esforços unilaterais de crescimento Brasil como anfitrião - Contribuir para a aproximação de posições e à construção de consensos em torno de metas ambiciosas - Não ter alinhamento automático com outras economias em desenvolvimento - O objetivo deveria ser: defender os interesses do País, mas também afirmar-se como protagonista internacional preocupado com os interesses globais - Protagonismo deve se expressar nas políticas domésticas - O Brasil avançou ao reduzir o desmatamento. É fundamental que o novo Código Florestal permita consolidar os avanços recentes e evitar os retrocessos legislativos e institucionais.
 Avaliação - Iniciativas do País no apoio à transição para uma economia de baixo carbono são palpáveis - Baixa relação entre políticas industriais, comerciais e de inovação e políticas climáticas É preciso a definição de uma estrutura de coordenação, vinculada à Presidência da República.
 Resumo  A Conferência é uma oportunidade para manter viva a chama de desenvolvimento sustentável e avançar nas negociações climáticas - Não deve ser esvaziada no interior de uma agenda de desenvolvimento genérica e sem qualquer foco – o Brasil deve atuar como protagonista, constituindo uma força de moderação e equilíbrio para os objetivos globais o Brasil deve se engajar na transição para uma economia de baixo carbono, desencorajando iniciativas que vão à direção oposta - A transição deve ser traduzida em medidas de políticas industriais, energéticas, agropecuárias, comerciais e de inovação e em instrumentos de política que favoreçam investimentos sustentáveis - Deveria ser criada, vinculada à Presidência da República, estrutura de coordenação das políticas relacionadas com aquele objetivo.
Adilson de Oliveira – Professor Titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
• Edmar Bacha – Diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças e ex-Presidente do BNDES
• Eduardo Viola – Professor Titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília
• Elena Landau – Economista, Advogada e ex-Diretora do BNDES
• Fábio Feldmann – ex-Deputado Federal e ex-Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
• Gustavo Krause – ex-Governador de Pernambuco e ex-Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente
• José Carlos de Carvalho – ex-Ministro do Meio Ambiente e ex-Secretário de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais
• José Goldemberg – ex-Ministro da Educação e ex-Secretário de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia do Governo Federal
• Luiz Augusto de Castro Neves, Presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI)
• Marcelo Takaoka – Presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e do Conselho da Sustainable
Building and Climate Initiative, da UNEP.
• Pedro da Motta Veiga – Sociólogo e Diretor do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento – CINDES
• Rubens Ricupero – ex-Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente e ex-Secretário Geral da UNCTAD
• Sandra Polónia Rios – Economista e Diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento
• Sergio Amaral – ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
• Sergio Fausto – Superintendente-Executivo do IFHC

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