AFIRMAM EX-MINISTROS REUNIDOS NA FAAP
IMPORTANTE - A NOSSA REDACAO MANTEVE O
TEXTO E FORMATACAO ORIGINAL DO DOCUMENTO
RIO MAIS OU MENOS 20
- Ex-ministros e especialistas em Meio Ambiente se reuniram nesta quarta-feira
(18) para apresentar documento que pede ao Governo mais atenção à pauta
ambiental na Conferência Rio + 20, que corre o risco de ser diluída e perder
seu foco principal. Há um elevado risco de que a Conferência das Nações Unidas
para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) seja não apenas irrelevante, mas
configure num retrocesso. Essa é a opinião dos signatários do documento ‘Rio
Mais ou Menos 20’, que foi apresentado hoje (18/04) à imprensa em evento
realizado na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).O documento cobra do
Governo Federal postura ambiciosa e visão estratégica na condução dos trabalhos
da Rio +20, bem como a adoçã NOSSSo de políticas industriais, sociais e de
inovação que coloquem o Brasil no caminho de transição para uma economia de
baixo carbono.“O Brasil precisa ter uma agenda pró-ativa no sentido de uma
governança global para o meio ambiente, com compromissos a cumprir e avaliações
honestas do que precisamos avançar. É fundamental que o País lidere pelo
exemplo e evite um retrocesso”, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva.Para o Embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da
FAAP, dos três pilares de desenvolvimento sustentável – econômico, social e
ambiental –, o ambiental ‘é a condição de possibilidade dos outros pilares’.
“Não é possível ter desenvolvimento sustentável sem resolver a questão do
meio ambiente", disse.“O uso predatório dos recursos naturais está
subtraindo os insumos necessários para o crescimento econômico”, destacou o
ex-ministro José Carlos Carvalho sobre a necessidade de se dar mais atenção à pauta
ambiental.Carvalho acrescentou ainda que “é preciso ter metas de ação, nas
quais todos nós possamos nos engajar – governo, sociedade e empresas – e não
apenas ficar renovando compromissos”.Mudar à pauta da Conferência às vésperas
de sua realização é algo difícil, mas é possível mudar a posição do Brasil que
deve se portar como País anfitrião, defendem os signatários.
Abaixo,
algumas considerações destacadas no evento
Riscos - Elevado risco de que a Rio + 20
seja não apenas irrelevante, mas configure num retrocesso Agenda excessivamente abrangente, que resulte na perda de foco.
Alerta - Crise econômica serve de
aparente justificativa a esforços unilaterais de crescimento Brasil como
anfitrião - Contribuir para a aproximação de posições e à construção
de consensos em torno de metas ambiciosas - Não ter alinhamento automático
com outras economias em desenvolvimento - O objetivo deveria ser:
defender os interesses do País, mas também afirmar-se como protagonista
internacional preocupado com os interesses globais - Protagonismo deve se
expressar nas políticas domésticas - O Brasil avançou ao reduzir o
desmatamento. É fundamental que o novo Código Florestal permita consolidar os
avanços recentes e evitar os retrocessos legislativos e institucionais.
Avaliação - Iniciativas do País no apoio à
transição para uma economia de baixo carbono são palpáveis - Baixa relação
entre políticas industriais, comerciais e de inovação e políticas
climáticas É preciso a definição de uma estrutura de coordenação, vinculada
à Presidência da República.
Resumo A Conferência é uma oportunidade
para manter viva a chama de desenvolvimento sustentável e avançar nas
negociações climáticas - Não deve ser esvaziada no interior de uma agenda
de desenvolvimento genérica e sem qualquer foco – o Brasil deve atuar como
protagonista, constituindo uma força de moderação e equilíbrio para os
objetivos globais o Brasil deve se engajar na transição para uma
economia de baixo carbono, desencorajando iniciativas que vão à direção oposta
- A transição deve ser traduzida em medidas de políticas industriais,
energéticas, agropecuárias, comerciais e de inovação e em instrumentos de
política que favoreçam investimentos sustentáveis - Deveria ser criada,
vinculada à Presidência da República, estrutura de coordenação das políticas
relacionadas com aquele objetivo.
Adilson de Oliveira
– Professor Titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro
• Edmar Bacha –
Diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças e
ex-Presidente do BNDES
• Eduardo Viola –
Professor Titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de
Brasília
• Elena Landau –
Economista, Advogada e ex-Diretora do BNDES
• Fábio Feldmann –
ex-Deputado Federal e ex-Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
• Gustavo Krause –
ex-Governador de Pernambuco e ex-Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente
• José Carlos de
Carvalho – ex-Ministro do Meio Ambiente e ex-Secretário de Meio Ambiente do
Estado de Minas Gerais
• José Goldemberg –
ex-Ministro da Educação e ex-Secretário de Meio Ambiente e de Ciência e
Tecnologia do Governo Federal
• Luiz Augusto de
Castro Neves, Presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais
(CEBRI)
• Marcelo Takaoka –
Presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e do Conselho da
Sustainable
Building and Climate Initiative, da UNEP.
• Pedro da Motta
Veiga – Sociólogo e Diretor do Centro de Estudos de Integração e
Desenvolvimento – CINDES
• Rubens Ricupero –
ex-Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente e ex-Secretário Geral da UNCTAD
• Sandra Polónia
Rios – Economista e Diretora do Centro de Estudos de Integração e
Desenvolvimento
• Sergio Amaral –
ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
• Sergio Fausto –
Superintendente-Executivo do IFHC
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